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14/10/2017

Navegando num mar de incertezas
















Há quatro anos, Deus falou conosco, com meu marido e comigo, para partimos do Brasil. Foram muitas as confirmações, mas até chegarmos aqui, passamos por alguns momentos difíceis.
Comecei a me preocupar com um futuro desconhecido e cheio de novos desafios. Passei a dormir com a ajuda de remédios, sofria ataques de ansiedade, meu coração disparava, tinha uma dor que se estendia até o braço esquerdo e a pressão arterial começou a subir. Não conseguia chorar, ficava abafada, o coração parecia travado e sentia medo de um porvir desconhecido. Deixamos tudo para trás, o pior foi se distanciar da família e amigos. Consequentemente, tivemos que nos desapegar de muitas coisas. Vendemos muitos pertences, presentearmos outros aos amigos e nosso animal de estimação ficou com meus pais (seria o melhor lar para ele). Isso tudo gerou um grande conflito dentro de mim. Sabia que estava obedecendo ao Senhor, mas isso não me livrou desses infortúnios.
O dia da partida chegou, estávamos no Rio de janeiro, achamos melhor viajar em um cruzeiro que partia do Brasil. Levamos 15 dias navegando até a cidade de Málaga, na Espanha. As madrugadas eram longas, decidindo entre ouvir as ondas fortes do mar baterem no costado do navio ou tomar o remédio que, naquela ocasião, era o único que me acalmava.  
Embora orasse durante as madrugadas, o meu coração batia tão forte quanto as ondas do mar que o barco cortava. Passava o dia cansada pois meu sono não apresentava uma boa qualidade. 
Certo dia, quando me encontrava na sala de leitura do navio, aproximou-se de mim uma mulher simpática, seu nome era Marcela, era argentina, mas falava muito bem o português. Conversamos e descobri que ela era psiquiatra. Aproveitando o fato de estar bem sentada e confortável num sofá, me senti num divã (risos). Ela começou a falar comigo e me deu total liberdade para discutir o meu problema. Então abri o meu coração e expus todos os meus medos e aflições.
Ela me deu conselhos práticos sobre alimentação, sugerindo-me a não consumir açúcar, cafeína e comidas de origem animal, após às 17 horas e também sugeriu que me deitasse ouvindo músicas clássicas, com o objetivo de me acalmar. Daí resolvi seguir todas as orientações, mas ao invés de ouvir música clássica, ouvia louvores.
Naqueles dias, recebi umas palavras através do correio eletrônico. Era uma passagem do livro de Crônicas 20:15-30 e, ao lê-las, senti minha alma sendo dividida por uma espada, separando minha alma e espírito. Após três dias, já não usava mais nenhum medicamento para dormir, estava mais tranquila. Me senti curada, liberta, aquele grande peso em minha alma sumiu. 
Provei, mais uma vez do grande amor de Jesus por minha vida. Sei que não estou livre de outras aflições, mas sigo buscando esse Senhor pelo qual meu amor cresce a cada dia. Não esqueço jamais de seus benefícios! É Ele quem me cura e me liberta dos meus temores.
Sempre relato esta história e quem me conhece sabe que aqueles sintomas não combinavam com a minha maneira de ser, pois sempre fui uma pessoa alegre, embora um pouco ansiosa, mas nada mudava minha paz de espírito. Nunca me esquecerei de que o Senhor fez naquela ocasião em minha vida. Seja no plano físico ou no plano emocional, o Senhor quer nos levar a uma total dependência dele.

2 crônicas 20:15-30
Ele disse: "Escutem, todos os que vivem em Judá e em Jerusalém e o rei Josafá! Assim lhes diz o Senhor: ‘Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus. Amanhã, desçam contra eles. Eles virão pela subida de Ziz, e vocês os encontrarão no fim do vale, em frente do deserto de Jeruel. Vocês não precisarão lutar nessa batalha. Tomem suas posições; permaneçam firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes dará, ó Judá, ó Jerusalém. Não tenham medo nem se desanimem. Saiam para enfrentá-los amanhã, e o Senhor estará com vocês’ ".Josafá prostrou-se, rosto em terra, e todo o povo de Judá e de Jerusalém prostrou-se em adoração perante o Senhor. Então os levitas descendentes dos coatitas e dos coreítas levantaram-se e louvaram o Senhor, o Deus de Israel, em alta voz. De madrugada partiram para o deserto de Tecoa. Quando estavam saindo, Josafá lhes disse: "Escutem-me, Judá e povo de Jerusalém! Tenham fé no Senhor, o seu Deus, e vocês serão sustentados; tenham fé nos profetas dele e vocês terão a vitória". Depois de consultar o povo, Josafá nomeou alguns homens para cantarem ao Senhor e o louvarem pelo esplendor de sua santidade, indo à frente do exército, cantando: "Dêem graças ao Senhor, pois o seu amor dura para sempre". Quando começaram a cantar e a entoar louvores, o Senhor preparou emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e dos montes de Seir que estavam invadindo Judá, e eles foram derrotados. Os amonitas e os moabitas atacaram os dos montes de Seir para destruí-los e aniquilá-los. Depois de massacrarem os homens de Seir, destruiram-se uns aos outros. Quando os homens de Judá foram para o lugar de onde se avista o deserto e olharam para o imenso exército, viram somente cadáveres no chão; ninguém havia escapado. Então, Josafá e os seus soldados foram saquear os cadáveres e encontraram entre eles grande quantidade de equipamentos e roupas, e também objetos de valor; passaram três dias saqueando, mas havia mais do que eram capazes de levar. No quarto dia eles se reuniram no vale de Beraca, onde louvaram o Senhor. Por isso até hoje ele é chamado vale de Beraca. Depois sob a liderança de Josafá, todos os homens de Judá e de Jerusalém voltaram alegres para Jerusalém, pois o Senhor lhes enchera de alegria, dando-lhes vitória sobre os seus inimigos. Entraram em Jerusalém e foram ao templo do Senhor, ao som de liras, harpas e cornetas. O temor de Deus veio sobre todas as nações, quando souberam como o Senhor havia lutado contra os inimigos de Israel. E o reino de Josafá manteve-se em paz, pois o seu Deus lhe concedeu paz em todas as suas fronteiras.